segunda-feira, 30 de março de 2020

SODOMISERY - Ouça o primeiro single "The Messenger". Álbum sai em Maio pela Testimony Records



No próximo dia 22 de Maio será lançado pela gravadora Testimony Records o debu álbum da banda sueca de blackened death metal SODOMISERY. O álbum será intitulado "The Great Demise" e conta com nove músicas. Confira o tracklist abaixo:

1. Reapers Key
2. Into The Cold
3. Sacrifice
4. The Messenger
5. In the Void
6. The Great Demise
7. Until They Burn
8. Arise
9. The Abyss

"The Great Demise" foi gravado no Wing Studios com produção de Sverker Widgren (Diabolical, October Tide, Demonical, Mörk Gryning, Wormwood etc.)e conta com a arte da Khaos Diktator Design.
O primeiro single do álbum já pode ser conferido e trata-se da música "The Messenger".

A atual formação da banda é:

Harris Sopovic - Vocal/Guitarra
Viktor Eklund - Bateria
Paul Viscolit - Baixo
Magnus Grönberg - Guitarra

SODOMISERY online:



domingo, 29 de março de 2020

Review: VENOMOUS SKELETON "Drowning in Circles" (Advanced)

VENOMOUS SKELETON (Israel)
"Drowning in  Circles"  (CD 2020)
Everlasting Spew Records - Importado
10/10

Data de Lançamento: 17 de Abril/2020

O próprio press release que vem com esse álbum dá uma dica do tipo de abominação que iremos encontrar nesse lançamento. "Nascido da mais imunda costela do SONNE ADAM "... Para quem não tem ideia do que isso possa significar eu posso traduzir. Death metal absolutamente carregado, imundo e mágico. "Drowning in Circles" abraça com todas as forças obscuras nuâncias de um death metal envolto em efeitos e entrega um puta debut álbum. "Divine Realm of Existence" é a música que eu escolheria para apresentar a banda ao mundo, já que traz todas essas características e influências sendo surpreendentemente curta. Em dois minutos ouvimos agressão, peso, clima e uma composição realmente matadora. 

A próxima "Tomb of the Relentless Soul" já busca insanidade e complexidade em níveis diferenciados, ainda que os riffs aqui tenham um poder magnético impressionante. Definitivamente a banda consegue reproduzir sentimentos negativos dos mais diversos em sua música, pois é isso que ouço quando "Alevas San Tatianas Aleli" se inicia. É uma música rápida, mas com muito peso também. É uma das músicas mais densas e poderosas desse álbum. "Chalice to the Other World" é ritualística em seu início e cria uma atmosfera sufocante que me lembrou um pouco o que o Tryptikon tem feito e até mesmo o velho Celtic Frost no "To Mega Therion"

A mais rápida música do álbum é "Taste the Celestial Blood" que se torna um diferencial pelo eficiente uso de teclados em alguns momentos, que em meio à pancadaria constroem a atmosfera mais densa da música. Incrível o resultado final dessa mistura toda. E que riffs meus amigos. É maldade em estado físico. "Curse of the Moon" me lembrou o não menos poderoso Grave Miasma e seu death metal cavernoso, além do próprio e lendário Incantation."Hallucinogenic Sulfuric Mantra" é outra faixa que se destaca pela brutalidade e clima que exala. 

"Drowning in Circles" é a faixa título que fecha de forma enigmática essa álbum que já entra na lista de melhores do ano e deixa claro que apenas velocidade não é garantia de qualidade. É uma música mais contida, mas é realmente pesada e com riffs tétricos. Um debut álbum para deixar marcado a ferro e fogo o nome do VENOMOUS SKELETON na cena metal extrema dos últimos anos. Se você aprecia maldições como Grave Miasma, Demonomancy and Necros Christos e o próprio Sonne Adam, então ouça esse álbum quando ele for lançado.


Review: NIGHTWÖLF - "Unleash the Beast" (2020)

NIGHTWÖLF (Brasil)
"Unleash the Beast" - EP 2020
Independente - Nacional
9,5/10

Heavy metal brasileiro sempre tende para algo mais melódio ou até mesmo progressivo, então é muito bom ouvir bandas nacionais que trilham o caminho mais tradicional e os vizinhos brasilienses do NIGHTWÖLF já chegam com "Unleash the Beast" jogando o cartão de visitas na cara do ouvinte e não deixando dúvidas sobre que tipo de banda eles são. Isso é puro metal, daqueles que grudam nos ouvidos e te faz erguer os punhos... 

A brincadeira começa com a visceral "Unleash the Beast" que mostra que a maior influência desses caras é o todo poderoso Judas Priest. O mais foda é que aqui a qualidade é total, não temos momentos de dúvidas. Baita refrão, riffs e bases pesadíssimos e uma vocalização incrível. Os solos também devem ser destacados, pois são realmente muito bons e totalmente encaixados na proposta estilística da banda. "Shadowmaker" tem uma pegada heavy metal mais atual, mas ainda sim é uma música com características bem tradicionais. "Perpetual Crime" é uma música muito foda. O início me lembra muito o Queensryche em seu álbum "Operation Mindcrime", inclusive a vocalização me lembrou Geoff Tate imediatamente. É uma música mais trabalhada e tem arranjos de muito bom gosto. Adorei os solos de guitarra aqui.

A próxima música é a pesada "Hails of Hell", também uma música mais contida. A velocidade volta a aparecer na última faixa "Holy Machine" que abraça a pegada Judas/Grave Digger e destila uma baita composição de heavy metal tradicional. O NIGHTWÖLF está de parabéns por esse álbum, ainda mais porque é um material independente e feito com um cuidado e um esmero enormes. Quem venham mais outros lançamentos o mais breve possível. 

Entrem em contato com a banda e adquiram sua cópia antes que esgote:



Review: GALAXY "Lost from the Start" (2019)

GALAXY (Austrália)
"Lost from the Start" 
Dying Victims Records - Importado
9/10

É inevitável não prestar as devidas homenagens quando nos deparamos com nomes como Judas Priest, King Diamond, Agent Steel, Riot e Liege Lord, para não citar outros nomes, portanto ao ouvir esse EP dos australianos do GALAXY um sorriso de satisfação vem à tona. "Lost from the Start" traz essa mistura improvável entre o Priest e o King é o resultado é puro metal tradicional. 

Isso é realidade depois da curta introdução "Traveller". Quando "Dreaming Out" inicia seu pescoço começa a sofrer com o esforço de tentar não bater cabeça. Bases e riffs diretos, pesados e com uma vocalização que cai como uma luva ao instrumental. Melhor música sem sombra de dúvidas. A próxima é "Sons of Titan" que já começa praticamente speed metal e trazendo algo do velho Metallica (como é bom ouvir essa pegada). Grande música. 

"Paradise" foca em bases mais pesadas e andamentos mais trampados, mas com a energia que marca todas as músicas. Os vocais aqui não me agradaram tanto, mas não comprometem.A última faixa "Lost from the Start" poderia ter saído do "Rust in Peace" do Megadeth. Tem aquela pegada mais técnica nas guitarras e batera e tem uma qualidade altíssima. Uma das grandes músicas desse material. O GALAXY é uma grata surpresa e espero ouvir mais deles em breve. 


Review: IRON CURTAIN "Danger Zone" (2019)

 IRON CURTAIN (Espanha)
"Danger Zone" 
Dying Victims Records - Importado
9/10

Discaço ! Essa é a palavra para caracterizar "Danzer Zone", novo álbum da banda IRON CURTAIN. Esses espanhois lançaram aqui um grande álbum de heavy/speed metal que honra as tradições mais enraizadas desses estilos.Há influências que não se furtam de aparecer, mas convenhamos que transparecer um som que te faça lembrar de bandas como Mercyful Fate, Tank, Exciter, Razor, entre outras não é de forma alguma algo negativo. É pura dinamite musical. Não temos nada muito complexo aqui e para que ? 

A simplicidade da música do IRON CURTAIN é o que dá o seu charme. Músicas como "Stormbound", "Rock Survivor" (essa daí tem aquelas bases mais rock que simplesmente destroem tudo), "Mad Dogs" tem uma pegada que lembra o Motorhead que é muito legal também. Quando "Danger Zone" libera sua base principal é impossível não pensar nos primórdios do heavy metal tradicional. Música simples e que te faz querer tomar um trago. O refrão é foda. Outra música que detona é a pesada "Rough Riders", com um pouco mais de energia. 

A última faixa é aquela famosa música mela-cueca. hahahaha Mais contida e com ar de balada, mas que tem seu pesinho por trás de tudo. Esse tipo de música é a cara dos anos 80.  "Danger Zone" é um álbum realmente honesto. É direto e uma audição que irá agradar a todos que apreciam essa sonoridade mais tradicional.


sábado, 28 de março de 2020

KREATOR - Assista ao clip de "666 - World Divided", nova música da banda.


Os thrashers veteranos do KREATOR divulgaram um vídeo da nova música "666 - World Divided" que será lançada em formato 7´ep em um split com a banda LAMB OF GOD no próximo dia 10 de Abril pela Nuclear Blast Records.


"666 - World Divided" é a primeira música nova lançada pela banda desde o último álbum "Gods of Violence" que foi lançado em Janeiro de 2017.




KREATOR online:


VULTURE - Ouça a nova música "Retaliation". Novo álbum em Abril pela Mutilation Records


A banda paulista de death metal VULTURE liberou um vídeo da música "Retaliation". 

"Retaliation" estará no próximo álbum de estúdio da banda, intitulado "End of All Agony" que sai em Abril pela Mutilation Records


O VULTURE foi formado em 1995 e atualmente conta com a seguinte formação:

Adauto M Xavier- Guitarra Solo e Vocal
Yuri Schumann- Guitarra base e backing vocal
Fábio Amaro- Bateria
Max Schumann- Baixo

VULTURE online:
http://www.vulture.com.br
https://www.facebook.com/vulturebr


ANARKHON - Banda lançará novo álbum pela Soul Erazer. Confira a faixa "Ancient Tomb"



O selo brasileiro SOUL ERAZER RECORDS anunciou o lançamento do novo álbum da banda cariosa ANARKHON. O disco se chamará "Phantasmagorical Personification of the Death Temple" e tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2020.

A banda divulgou hoje um vídeo para a música "Ancient Tomb" que estará no novo trabalho. A incrível arte da capa foi feita por Jenglot Hitam e a ilustração ficou a cargo de Welligton Backer.







sexta-feira, 27 de março de 2020

UNANIMATED - Álbuns clássicos serão relançados no Brasil pela My Dark Desires Records

Mais uma vez o selo MY DARK DESIRES acerta em cheio e anuncia o lançamento no Brasil de dois clássicos do death metal europeu. Trata-se de dois álbuns dos suecos do UNANIMATED, "In the Forest of the Dreaming Dead" e "Ancient God of Evil".

Não é necessário falar o quanto esses dois discos são referências dentro do estilo e ter isso lançado em solo nacional é um grande privilégio.
Mais informações serão dadas em breve pelo selo.


PODRIDÃO - Capa, título e tracklist do novo álbum divulgados hoje.

O selo Kill Again Records divulgou agora há pouco a capa, título e tracklist do próximo álbum de estúdio da banda paulista. O trio de Itaquaquecetuba/SP acabou de finalizar o seu novo álbum intitulado "Revering the Unearthed Corpse". O disco foi gravado em 2019 no No Limits Studio, na cidade de Arujá/SP.  A produção, mixagem e masterização ficaram a cargo de Ivi Kardec Filho. Já a arte da capa foi feita pelo artista baiano Emerson Maia. Ilustrações foram assinadas por Murilo e Rodsita.
O tracklist do novo álbum é:

1-Revering Unearthed Corpse
2-Disfigured In The Womb
3-Advanced Decomposition
4-Your Body Is The Tomb
5-Regurgitate Hellish Maggots
6-Chronic Gonorrhea
7-Fucking Your Corpse
8-Morbid Thoughts
9-Diarrhea
10-Eaten Fetus
11-Bloody Vengeance Medley *
* Homenagem ao grupo santista, VULCANO.

A Nova Formação do PODRIDÃO consiste de:
Rotten Flesh: Chaisaw Guitars
Putrid Dick: Screams and HellBass
Repugnant Fat: Drums Tank

Mais informações serão divulgadas em breve pelo selo e pela banda.






Foto por Dani Moreira
Fonte: Kill Again Records




LACRIMA MORTIS - Confira o lyric vídeo de "Imprisoned in Death". Novo álbum sai em Maio.

















Foi divulgado ontem um lyric vídeo da faixa "Imprisoned in Death" da banda LACRIMA MORTIS. A faixa é uma das que compõem o novo álbum da banda, intitulado "Posthumous". Com previsão de lançamento para maio de 2020 via selo austríaco Talheim Records.  

A faixa ainda traz a participação do vocalista do Laurent Poky da banda Mourning Dawn, e também do tecladista Fernando Nahtaivel (Insane Devotion/Great Vast Forest) que foi responsável pelas linhas de teclado do álbum todo.

Para maiores informações: https://www.facebook.com/LacrimaMortisDoom/


PARADISE IN FLAMES - Assista ao vídeo de "I´m sure your Gods have seen this Before"

A banda mineira PARADISE IN FLAMES divulgou horas atrás um vídeo para a música "I´m sure your gods have seen this before".
O vídeo foi dirigido e editado po Davidcon Mainart e filmado por Bruno Paraguay. Os assistentes foram Willin Marques e Petrick Magrelo. A maquiagem ficou a cargo de Alice Austríaco e Cíntia Moraes e o vídeo teve a participação do ator Ronei Silva.


quarta-feira, 25 de março de 2020

ORANSSI PAZUZU - Assista ao incrível vídeo de "Uusi teknokratia". Novo álbum sai em Abril

A banda finlandesa ORANSSI PAZUZU acabou de divulgar um vídeo para a música "Uusi teknokratia", que é o primeiro single do seu novo álbum de estúdio "Mestarin kynsi", que será lançado pela Nuclear Blast Records no próximo dia 17 de Abril.

A banda se pronunciou sobre o vídeo:

"O vídeo que Zev Deans fez captura a vibe paranóica da música e expande isso ainda mais ao adicionar todo um novo reino visual a isso. Uma visão apocalíptica que não deixa outra opção a não ser obedecer".

O vídeo foi dirigido por Zev Deans, produzido por Rachel Kitson. Ryan Michael Kelly fez o vídeo com o produtor executivo Noah Young e o produtor associado Daniel Litt, estrelando Leslie Barany e Johnny Scuotto.  Rachel Kitson e Zev Deans foram responsáveis pelo design de produção, Cristine Snider pelo management de talentos e Madeline Quinn pela assistência para o VFX.

ORANSSI PAZUZU online:



ENSLAVED - Banda divulga capa do novo álbum, que sai no segundo semestre.

Os noruegueses do ENSLAVED irão lançar o seu novo álbum "Utgard" durante o próximo outono europeu. 

O selo responsável pelo lançamento é a NUCLEAR BLAST RECORDS. "Utgard" será o décimo quinto álbum desses veteranos da cena europeia.

Hoje foi divulgada a capa do novo álbum que pode ser conferida abaixo.



ENSLAVED online:

www.enslaved.no
www.facebook.com/enslaved/
www.instagram.com/enslavedofficial
www.nuclearblast.de/enslaved

segunda-feira, 23 de março de 2020

Review: IMPIETY "Versus All Gods" (2020)


IMPIETY (Singapura)
"Versus All Gods" (2020)
Evil Dead Productions/Shivadarshana - Importado
10/10

O caos tem nome e se chama IMPIETY. Esses demônios de Singapura chegam ao novo álbum de sua carreira e pode-se afirmar sem medo de erros que "Versus All Gods" é um dos discos mais fudidos que a banda já lançou. A produção do álbum é excelente e destaca de forma assassina cada músico. Musicalmente a banda evoluiu e muito. O death/black cru se tornou algo ainda mais selvagem, mas com uma musicalidade muito superior. Depois uma "Intro: Kommand IX" apoteótica, "Reigning Armageddon" se inicia e fogo e morte são espalhados por todos os lados. Que música FODA. Brutalidade em pura manifestação. 

A próxima faixa "Djinn of All Djinns" tem um cheiro de Immortal em sua execução antes de se tornar mais death metal. Riffs cortantes e arranjos do inferno. "Barbarian Black Horde" me trouxe à memória o velho metal mineiro, mas infinitamente mais bem tocado e gravado. Aqui a selvageria atinge picos de quase hecatombe nuclear. "Azazel" é pura brutalidade e tem um refrão que deve invocar vários seres das regiões inferiores em meio à chibatada que se desenrola pela música. "Terror Occult Domion" é uma das grandes músicas do álbum. A qualidade dos riffs, arranjos, solos está realmente além de tudo que a banda já havia feito antes. Pense em Krisiun junto ao Angel Corpse com tempero asiático e tudo jogado no poço do inferno. É o que é essa música "Dajjal United". Queria MUITO ver essa faixa sendo executada ao vivo. 

"Interstellar Deathfuck" além do título fantástico a música em si é um soco no estomâgo. Há até mesmo o uso de um vocal feminino que finge trazer beleza à feirura de uma faixa como essa. Trampo impecável. Para colocar os últimos pregos no caixão vem a cadenciada e nervoca "Magickal Wrath", outra música que entra na lista das melhores. Aqui o fedor de Morbid Angel em seus primeiros trabalhos está presente e emanando do cadáver. As guitarras realmente se sobressaem nessa música. "Versus All Gods" é um álbum que veio para mostrar ao mundo que o metal extremo da morte não se rende e continua produzindo desgraças em qualquer ponto do mundo que se olhe. O IMPIETY é uma prova disso. Fucking Respect !



Review: MYSTAGOS "Azoth"


MYSTAGOS (Espanha)
"Azoth"
Black Seed Productions - Importado
9/10

One-man bands sempre são uma roleta russa quando se trata de qualidade, mas esse projeto espanhol chamado MYSTAGOS me surpreendeu exatamente no quesito onde a maioria das one-man bands peca: na qualidade musical. Tudo aqui foi composto e gravado por Heolstor, que fez um trabalho de respeito executando um black metal bastante carrancudo e com riffs matadores. As influências que se apresentam nesse segundo álbum de estúdio intitulado "Azoth" passam por diversas cenas, mas acredito que o black metal nórdico é o que mais se encaixa na sonoridade do MYSTAGOS. Fica evidente que o black metal aqui não vem em sua mais pura forma, mas se mixa a elementos que vão do avant-garde ao post-punk, mas mantendo sua frieza e dissonância. 

O álbum abre com a matadora "Adam Kadmon", que mescla de forma excelente momentos mais trampados e obscuros com outros mais rápidos. A saga continua com a climática "Solve" que realmente mostra de forma mais clara a diversidade musical que influencia esse espanhol na criação de sua música. Em alguns momentos os vocais se distanciam da agressão e se aproximam do post-punk e de bandas como o Tristitia. Grande trabalho melódico em toda a música."Empire of Bones" vem a seguir e retorna ao básico e primitivo metal negro. É uma música mais direta, apesar dos riffs e bases não tão diretos em sua execução."Ritual" também segue a mesma estrada e entrega uma composição poderosa. Mais uma vez experimentos bem interessantes com os vocais são um ponto a ser destacado. A estranheza de "Shamdon" te pega de surpresa e é de longe a música mais difícil de ser ouvida. Não é direta, é dissonante e os experimentos quase "operísticos" para não dizer teatrais dos vocais fazem essa composição se distanciar de qualquer lugar comum. É como se o Satyricon tivesse se unido ao Tryptikon e criado algo. Música interessante e longe do trivial. 

"The Weight of a Burial Shroud" é a música que te acompanha na última travessia com o barqueiro. Absolutamente climática e sendo tocada das profundezas de abismos nunca antes vistos. A roupagem funeral doom e os vocais criam um ambiente opressivo e depressivo que relmente te envolve e te deixa para baixo. Causar isso a quem ouve uma música não é fácil e o resultado final aqui é magnífico. Minha música favorita com certeza. Ao se aproximar do final vai sendo incorporado e o resultado é matador. A faixa que fecha o álbum é "Wind of Death" que tem um inicial quase industrial e na sequência abraça o barbarismo e a crueza. Uma forma eficiente e caótica de encerrar esse ritual musical chamado "Azoth".




sábado, 21 de março de 2020

EVIL CORPSE - Debut álbum lançado pela Kill Again Records

A gravadora brasiliense KILL AGAIN RECORDS anunciou que já encontra-se disponível o álbumEVIL CORPSE. "Apocalyptic Future" foi lançado em CD e traz um trash metal cru, rápido e sem frescura, segundo as palavras do próprio selo. As influências citadas são Kreator, Slayer, Slaughter Lord , Protector e Invocator. O CD custa R$ 20,00 + frete e traz um Poster, um card e um adesivo nas primeiras 250 primeiras cópias.
de estréia da banda brasileira de thrash metal
Confira abaixo o tracklist de "Apocalyptic Future": 

01. Awakening the Slaughter
02. Radiation Death
03. Infectious Desaster
04. Holocaust of Pain
05. Out Of Control
06. World Demise
07. Progressive Insanity
08. Enslaved by the System

A atual formação do EVIL CORPSE é:

Darkhell - Lead Guitar/Vocals
Rômulo - Bass
Gabriel Zenön - Drums
Iury - Lead Guitar

EVIL CORPSE online:

KILL AGAIN RECORDS online: 


PARADISE LOST - Assista ao vídeo de "Fall From Grace". Novo álbum em Maio.


Os ingleses do PARADISE LOST lançaram um video clip para a música "Fall from Grace", que estará em seu próximo álbum de estúdio intitulado "Obsidian", que será lançado no próximo dia 15 de Maio.
"Obsidian" é o décimo sexto álbum da banda e será lançado pela gravadora Nuclear Blast Records. O tracklist é o seguinte:

1. Darker Thoughts
2. Fall From Grace
3. Ghosts
4. The Devil Embraced
5. Forsaken
6. Serenity
7. Ending Days
8. Hope Dies Young
9. Ravenghast

PARADISE LOST online:




UNANIMATED - Álbuns clássicos relançados em Maio pela Century Media Records

Foi anunciado hoje o relançamento de dois discos do poderoso UNANIMATED. "Ancient God of Evil" (1995) e "In the Light of Darkness" (2009) serão relançados pela gravadora CENTURY MEDIA no próximo dia 15 de Maio em CD e LP. Ainda foi anunciado que o raríssimo primeiro álbum "In the Forest of the Dreaming Dead" (1993) também será relançado, mas a data ainda não foi divulgada.  

O álbum "Ancient God of Evil" foi remasterizado da fita DAT original pelo mestre Dan Swäno enquanto a parte gráfica ficou nas mãos de Erik Danielsson (Watain). Ambos os álbuns receberão versões em vinil 180 gramas, como novo layout e bastante material informativo.
Mais informações:



quarta-feira, 18 de março de 2020

MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA # 2 - Festival com Ambush, Jupiterian, Chronic Ashes, Evilcult e Nightwolf acontece em Outubro

No próximo mês de Outubro irar ocorrer a segunda edição do Festival "O Massacre da Serra Elétrica", na cidade de Brasília/DF. A produção é da UTIDA KINGDOM e FILIAL DO ROCK.

A produção divulgou todas as informações sobre o evento em suas redes sociais. As informações podem ser conferidas abaixo.

O fanzine/blog THE OLD COFFIN SPIRIT é um dos veículos de informação que estão apoiando o festival e nos próximos meses iremos postar todas as informações sobre o evento, além de pequenas entrevistas com todas as bandas envolvidas na produção. Aguardem !



O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA # 2

03 de Outubro, 2020
Local: Circulo Operário do Cruzeiro - Cruzeiro/DF;
Às 20 horas;

Ingressos:

1° lote - R$35,00
2° lote - R$50,00
Na portaria - R$60,00

PRODUÇÃO: Utida Kingdom e Filial do Rock

Com as bandas:

Ambush (Suécia)
Jupiterian (SP)
Chronic Ashes (MG)
Evilcult (RS)
Nightwölf (DF)


terça-feira, 17 de março de 2020

REVIEW: SAINTE MARIE DES LOUPS "Sainte Maries des Loups" (2019)

SAINTE MARIE DES LOUPS (France)
"Sainte Marie des Loups" - CD 2019
Amor Fati Records - Importado
7/10

SAINTE MARIE DES LOUPS é uma banda de black metal francesa que aposta em uma sonoridade totalmente primitiva, crua e gélida. Em vários momentos o clima é incrível, pois a música não se deixa tomar apenas por crueza. A qualidade melódica e rítmica desse material são evidentes. Esse auto-intilado material foi lançado originalmente em 2018, mas apenas digitalmente. Em 2019 a Amor Fati Records resolveu lançar em formato físico. 

A produção é bem primitiva e segue a estética mais underground e europeia do black metal. As músicas que poderia destacar nesse trabalho são a faixa de abertura, a crua "La Fin de l´hiver" e "Progéniture" pelo seu clima gélido e climão contudente e partes mais trampadas onde o teclado e alguns experimentalismos vocálicos se apresentam de forma bem convincente. As outras músicas segguem essa pegada, mas não se destacam tanto. É um álbum interessante, mas o SAINTE MARIE DES LOUPS é uma banda comum tocando um black metal bastante comum. Deve agradar aos fãs mais die hard do estilo.

REVIEW: AUROCH "Stolen Angelic Tongues" (Advanced - 2020)

AUROCH (Canadá)
"Stolen Angelic Tongues" - MLP 2020
20 Buck Spin Records - Importado
8/10

Data de lançamento: 24/04/2020


Enquanto uma pandemia devasta o mundo bandas como o AUROCH, de Vancouver devastam sua alma e tímpanos com uma sonoridade que busca referências em bandas como Nile, Immolation, Sulphur Aeon, entre outras. O MLP "Stolen Angelic Tongues" traz uma banda sólida e com um som que mescla partes mais selvagens e brutais com outras mais cadenciadas e pesadas (em menor número quando comparadas com as mais rápidas). 

"Hideous New Gods" é um faixa poderosa e caótica. As partes rápidas são muito boas enquanto as mais lentas apostam na construção de melodias mais climáticas.  "Carving the Axis Mundi" é mais pesadona e tem riffs e bases excelentes. A atmofera criada nessa música é muito fudida. A carniçaria é retomada com "Coffin Nails" e seus riffs insanos. O material encerra-se com "Erecting the Axis Mundi", uma faixa que se torna quase uma trilha sonora ritualística. O AUROCH lança esse material depois de mais de 4 anos em silêncio e se aventura em uma análise lírica que busca suas bases em histórias sul-americanas e do Caribe. Um bom trabalho desses canadenses.


sábado, 14 de março de 2020

REVIEW: CRYPTIC BROOD "Outcome of Obnoxious Science" (2019)

CRYPTIC BROOD (Alemanha)
"Outcome of Obnoxious Science" (2019)
War Anthem Records - Importado
9,5/10

Tendo sido lançado no final do ano passado “Outcome of Obnoxious Science” é o segundo álbum de estúdio dos alemães do CRYPTIC BROOD, que mais uma vez mostram o seu death metal com pegadas doom na cara de todos. Uma das coisas que eu realmente gostei nesse álbum é a produção, que deixa a música mais na sua cara, algo que sempre ouvia quando escutava os primeiros álbuns do AUTOPSY. “Biting Through Flesh” traz aquele clima sujão e orgânico e algumas vocalizações totalmente esquizofrênicas que são muito foda. “Harrowing Hallucionations” se liberta e arrasa o seu auto-falante com um death metal grosso e pegajoso. O som do baixo nessa música e em todo o álbum é incrível. Pesadão e totalmente presente em cada arranjo.

“Mantled with the Stench of Death” é uma música para quebrar tudo. Que composição fudida. E realmente fica evidente o quanto os americanos do Autopsy influenciaram esse trabalho. “Wading Through Remains” tem um andamento mais quebrado no início que funciona bem demais e pavimenta o caminho para um clima que beira a loucura completa. Com certeza é uma das minhas favoritas. “Slaves of Hypnotic Commands” traz mais peso e riffs inspiradíssimos. A linha de baixo se destaca nesse música. Outra música que me chamou imediatamente a atenção foi a pesadíssima “Outcome of Obnoxious Science”. A música chega a ser opressiva tamanha o seu peso e clima. A veia mais punk vem à tona com a energética “Haunted by Nightmarish Visions” que deve abrir uma grande roda de pancadaria nos shows da banda.

Não sei se foi intencional, mas “Coated with Human Skin” me lembrou imediatamente o velho Black Sabbath se ele tivesse Chris Reifert na banda e virasse death metal aos poucos. hahaha Killer ! O álbum faixa com outra porrada na orelha intitulada “Relish in Ecstasy”. “Outcome of Obnoxius Science” é definitivamente um álbum superior ao debut álbum da banda e traz uma excelente produção e uma bela arte de capa, sem falar na música, que te nocauteia. Grande álbum !

Esse álbum e essa banda são uma prova do quanto o death metal tem se estabelecido como um dos mais poderosos e duradouros estilos dentro da cena metal mundial. Isso é a prova enfiada pelos seus ouvidos até sangrarem.


REVIEW: GOREMENT "The Ending Quest" (2020 - Reissue)


GOREMENT (Suécia)
"The Ending Quest" - Reissue CD 2020
My Dark Desires Records - Nacional
10/10

Recebi por esses dias da MY DARKEST DESIRES RECORDS um álbum que nunca imaginei que veria lançado em uma versão nacional. Não há dúvida que “The Ending Quest” do atemporal GOREMENT é um dos grandes álbuns do death metal na primeira metade dos anos 90. Tendo sido formada em 1989 com um tenebroso outro nome, a banda começou a ser mais conhecida quando lançou suas demo tapes “Human Relic” e “Obsequies”. Era um período mágico para o metal da morte ao redor do mundo e inúmeros materiais que se tornariam referência do estilo estavam sendo lançados.

Apesar da qualidade de suas demo tapes, o GOREMENT realmente deu o passo que faltava para gravar seu nome no estilo com o lançamento dessa obra-prima do obscuro death metal. “The Ending Quest” trazia em sua essência a sonoridade do death metal sueco, principalmente na distorção clássica daquele país, mas musicalmente o GOREMENT nunca foi uma clássica banda de death metal sueco, já que a qualidade de suas composições aproximavam a banda muito mais do que era feito na vizinha Finlândia do que em seu próprio quintal. Dito isso, fica fácil estabelecer parâmetros de entendimento do que “The Ending Quest” era para aquele momento. Um death metal sólido, com riffs e bases cheios de sentimento, algumas partes rápidas (mas não muito) e muito peso que criava a atmosfera perfeita para o poderoso vocal de Jimmy Karlsson. A execução de cada música desse álbum é perfeita, pura alquimia de jovens músicos que estavam tateando e experimentando dentro de um estilo conhecido por sua brutalidade.

O ambiente criado era sempre obscuro, algumas vezes quase depressivo, mas nunca entediante. Isso nunca. “My Ending Quest” abria o portal para experiências em que sua percepção seria constantemente desafiada a entender a densidade emanada de cada nota. Era a forma perfeita de abrir um álbum como esse. “Vale of Tears” traz mais agressividade, mas nunca se distanciando muito do abismo melancólico criado pelas guitarras de Patrik Fernlund e Daniel Eriksson. Acredito que a terceira música “Human Relic” é a obra-prima da criação do GOREMENT. Ela traduz em riffs toda uma época, uma sonoridade que foi se moldando desde os primeiros ensaios desses caras. Definitivamente é a minha música preferida ao lado de “Lost Breed”, uma faixa com uma alma negra.

“The Memorial” é outra faixa que se destaca com o climão criado. Uma outra faixa que se coloca entre as melhores do álbum é “Sea of Silence” que tem uma atmosfera muito próxima do que o PARADISE LOST fazia. Lento, pesado e muito denso. Uma composição incrível. A influência do metal da morte finlandês vem muito clara na incrível “Obsequies of Mankind”. “Darkness of the Dead” e “Into Shadows” fechavam um álbum que estava fadado a ser colocado no rol dos clássicos materiais criados em uma época de criações atemporais.

O trabalho feito pelo Leo Xavier da My Darkest Desire nesse relançamento merece todos os elogios, pois além de deixar um clássico ao alcance do público brasileiro, o fez com uma qualidade irrepreensível. A parte gráfica é perfeita, assim como toda a embalagem desse “The Ending Quest” nacional. O selo já anunciou mais alguns relançamentos de peso para os próximos meses. Preparem suas almas para o melhor do underground mundial.


Se você quiser adquirir esse material ou outros lançamentos da MY DARK DESIRES RECORDS acesse: https://www.mydarkdesires.com.br/

Review: CHRONIC ASHES "Cursed Existence" (2020)

CHRONIC ASHES (Brasil)
"Cursed Existence" - CD 2020
Songs for Satan Records - Nacional
8,5/10 

O CHRONIC ASHES vem das terras consagradas pela brutalidade de Minas Gerais. Mantendo a tradição de boa parte das bandas que são geradas na terra infame do Cemitério do Bonfim, esses caras destilam um poderoso death metal da velha escola, onde há uma mistura equilibrada de brutalidade, peso, velocidade e cadência. A primeira música traz um pouco de tudo isso. “Where is Your Savior ?” tem um início que remete o ouvinte ao som mais primitivo do Morbid Angel e em outros momentos mais cadenciados traz a memória a sonoridade do Acheron, em seu primeiro álbum.

Essas referências existem em todo o álbum e faz do som desses mineiros um trabalho a ser conferido. “The Shadow of the Angel of Death” aposta em momentos bem rápidos e em bastante peso no decorrer da música. A excelente produção sonora desse lançamento contribui para que todas as músicas soem massivas. “The Wolf Hunt” é mais pesada e cadenciada, com uma base de guitarra realmente tradicional e muito fudida. Duas músicas que focam também em bases mais lentas e pesadas são as muito boas “The Last Vision” e “Cursed Existence”, essa última tendo um andamento muito intenso e mais uma vez trazendo aquele black/death dos primórdios à vida. Uma das músicas que mais curti foi a faixa título “Chronic Ashes” que faz um apanhado bem completo da própria sonoridade da banda, com partes rápidas e outras mais pesadas. “Premature Autopsy” também é outra faixa muito boa.

Chronic Ashes (BH/MG)
A faixa a seguir “Atheist Path” tem um pegada bem death metal de Chicago. Fudida demais essa referência já que sabemos a qualidade que sai daquele fria cidade americana. “Cursed Existence” é fechado com a faixa “The River´s Old Man”, um death metal com um pegada mais “alegre”, mas que ainda assim é uma composição bem interessante. Não posso deixar de destacar a capa desse material que realmente é muito bem feita, fugindo do lugar comum. O CHRONIC ASHES dá continuidade ao que o metal mineiro sempre ofereceu com grande qualidade ao cenário nacional. Metal extremo feito com gana e qualidade.


REVIEW: HUTT "Maldicto" (2020)

HUTT (Brasil)
"Maldicto" - CD 2020
Black Hole Productions - Nacional
9/10

A gravadora brasileira Black Hole Productions aprontou mais uma vez das suas e jogou na cara de todos os maníacos fanáticos por barulho e desgraceiras o novo álbum do HUTT. Intitulado “Maldicto”, esse pequeno registro vem recheado de brutalidade, cinismo, sarcarmos, mais brutalidade e 31 faixas de um grindcore que vai te acertar no saco e falar fino se você não estiver preparado para essa avalanche oriunda da cena paulista.

Ficar aqui citando uma lista interminável de músicas e dizendo o quanto elas são fudidas seria chover no molhado, já que para quem conhece o som do HUTT, o que tem em todas as faixas é um grindcore seco, curto e direto. Mas alguns títulos são tão geniais que não há como não citar pérolas do cancioneiro brutal como “Burzum, Vampiro e Mayhem”, “Witchfinder Genival”, “Contra Chatos não há Argumentos” (hahahah impossível discordar de algo assim) e “A Carne é Fraca, a Fake é News”.

O que é mais foda em um álbum assim é que fica claro que escrever longos tratatos pode não ser nem um pouco efetivo. As letras aqui são absolutamente curtas, mas a mensagem é totalmente direta, igual a um soco. A parte gráfica de “Maldicto” é simples, mas a arte da capa é muito legal. O pacote completo funciona como um relógio marcando os minutos antes da sua devastação. Grindcore é isso. Se você espera algo diferente, então não é para você.

REVIEW: THE SPIRIT "Cosmic Terror" (2020)

THE SPIRIT (Alemanha)
"Cosmic Terror" - CD 2020
Art of Propaganda Records - Importado
9,5/10

Desde o seu álbum anterior, o fenomenal “Sounds from the Vortex” que esperava por um novo álbum completo desses alemães. Para quem já conhece o THE SPIRIT sabe que sua música é um grande e poderoso tributo à sonoridade que emanava da entidade musical DISSECTION, que deu seu último suspiro quando da morte de seu membro fundador anos atrás.  Muita gente torce o nariz para bandas assim e até certo porto é compreensível, mas quando a influência age no interesse de criar algo realmente poderoso, então a qualidade fala mais alto.

“Cosmic Terror” traz novamente aquele som obscuro, com alto poder melódico, ainda que maléfico e o peso que já era presente no seu debut álbum. A produção do álbum é incrível. O peso e a definição de todos os instrumentos criam um ambiente propício ao que se ouve na faixa de abertura “Serpent As Time Reveals”. O trabalho das duas guitarras se completando na criação dos temas e das melodias é realmente inspirador. A vocalização é certeira também. “Strive for Salvation” tem riffs incríveis e as quebradas da bateria e contra-tempos são muito fudidos. Os momentos mais rápidos se confundem com a própria melodia e diversidade do composição.  Uma das melhores faixas do álbum vem na sequência e chama-se “Repugnant Human Scum”, uma pedrada black/death melódica. O que esses guitarristas criaram nessa música pode-se chamar de perfeição. As melodias se ligam e são absolutamente frias. Black metal em sua essência. Fica difícil superar uma música como essa, mas “The Path of Solitude” vem e faz a sua parte. Aqui a pegada das guitarras e o andamento lembram bastante a clássica “Maha-Kali” do Dissection em vários momentos.

“Pillars of Doom” é uma faixa mais pesadona e usa bem as mudanças de tempo, a partir das quais vão crescendo em intensidade e velocidade. A próxima é “The Wide Emptiness” que mantém a pegada e a qualidade. Fechando esse grande álbum vem a faixa-título “The Cosmic Terror”. Toda faixa que carrega o título do álbum sofre da pressão dessa função, mas nesse caso a música tira isso de letra e se mostra como outro grande trabalho. Mais uma vez se destaca o trabalho das guitarras, assim como da bateria. “The Cosmic Terror” sofre de um defeito, a horrenda arte da capa. Sei que em algum nível ela deve se conectar com a proposta desse álbum, mas é terrível de qualquer forma.  Mas musicalmente estamos falando de um álbum poderoso.